Confira o artigo escrito pelo jornalista Jackson Lima sobre o Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta (22)
Na sexta-feira, 22 de março, o mundo comemora o Dia Mundial da Água instituído pelas Nações Unidas em 1992. A data tem um tema que pode variar de país para país. O tema oficial da ONU é “Água pela Paz”. No Brasil, que não possui risco de conflito pela água, o tema escolhido é “Água nos Une, o Clima nos Move”, uma clara indicação de que as mudanças climáticas são motivo de preocupação. O Brasil concentra 13,7% da água doce disponível no planeta. A Região Norte detém 68,5% da água do país. Em seguida, vem a Centro-Oeste, com 15,7% na região; a Sul, com 6,5%; a Sudeste, com 6%; e a Nordeste, com 3,3%. Os dados são da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e da organização SOS Mata Atlântica.
A estiagem prolongada assim como as grandes inundações e desastres naturais deveriam intimidar cidadãos de todo o País a pensarem no que se pode fazer para harmonizar o clima, preservar a água e manter um estilo de vida sustentável no planeta.
Foz do Iguaçu limita-se ao norte com o complexo de geração de energia elétrica, reservatório, barragem e usina, que explora a vazão média de 12 mil metros cúbicos por segundo ou 12 milhões de litros por segundo. É a água que a Itaipu utiliza para gerar energia para os dois países sócios: Brasil e Paraguai. No lado oposto da cidade, estão as Cataratas do Iguaçu, no rio Iguaçu, com uma vazão mínima de 1,5 mil metros cúbicos por segundo ou, um milhão e 500 mil litros por segundo.
A água em abundância na região aumenta a necessidade de compromisso com a preservação e manutenção da qualidade desta água. Outra constatação: sem água não haveria turismo em Foz do Iguaçu. O principal atrativo ou motivo tradicional para que as pessoas busquem a nossa cidade se chama Cataratas do Iguaçu. A cada visita, visão, olfato, audição e tato são desafiados a captar e entender o universo da água que despenca de paredões com uma altura média de 80 metros. Ao cair, o imenso volume de água parece fazer o caminho de volta, em uma espécie de chuva inversa, provocando uma bruma que molha, lavando, até a alma do visitante.
As Cataratas são engordadas por centenas de afluentes que desembocam no rio Iguaçu e em seu trecho final de rios protegidos pelo Parque Nacional do Iguaçu como Benjamin, o Gonçalves Dias, o Floriano, o São João e muitos outros. Os rios Iguaçu e Paraná nos trechos mais calmos permitem passeios de barcos em que é possível observar uma série de atrativos como as pontes internacionais, o encontro das águas, o encontro do Brasil, Paraguai e Argentina e confirmar a importância desta riqueza hídrica e da sabedoria do Dia da Água, uma data para estar consciente de que a água é vida.